De repente um sujeito desconhecido aparece na multidão e inicia um discurso crítico sobre o comportamento social. Tido como um louco pelas autoridades, aos poucos o velho maltrapilho consegue reunir centenas de seguidores, admiradores, intelectuais, líderes espirituais, viciados e ladrões. Sua proposta? Estimular as pessoas a ter sede de mudança e, acima de tudo, serem responsáveis pela transformação desse novo mundo. Seu objetivo? Vender sonhos para uma sociedade que deixou de sonhar.
MINHA OPINIÃO?
A partir dessa parábola, o autor coloca o dedo nas feridas abertas de uma sociedade acelerada corroída pelo consumismo, dominada pela tecnologia, obcecada pelo perfeccionismo e aterrorizada pela total perda de valores. Apesar de carregar nas entrelinhas uma mensagem que parece ter sido pinçada de diversas filosofias, o livro obriga o leitor a uma profunda reflexão sobre o verdadeiro papel do homem moderno - um ser incoerente que luta pela liberdade, mas que ao mesmo tempo torna-se escravo de si mesmo.
Numa época em que as pessoas ficam desinibidas diante de um computador, mas que não conseguem se comunicar consigo mesmo, esse livro instiga uma saudável discussão sobre o uso da tecnologia da ausência de solidariedade, do perigo da beleza padronizada e da religião - dirigindo a esta última uma crítica especial àqueles que se aproveitam da ingenuidade alheia para promover comércios espirituais e sobre a mitificação do suicídio. Um mundo competitivo onde as pessoas não mais se tocam, não se abraçam e se divorciam da felicidade. O livro virou filme em 2016, oito anos após a primeira edição.
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