Qual é o simbolismo das auréolas?


Também chamadas de nimbos ou esplendor, as auréolas não são apenas uma luz que cinge a cabeça dos santos e dos anjos. Elas são muito mais do que isso.


Habitualmente representadas nas pinturas e nas esculturas sacras, as auréolas são reconhecidas por uma circunferência, ou um disco luminoso que irradia luz.


Os gregos representavam com auréola algumas das suas divindades, especialmente Hélios, o deus-sol. E adotando esse costume grego, de que o Sol era a personificação do Poder e Glória, os imperadores romanos passaram a ser retratados, com uma coroa de louros semelhante a uma auréola - tudo isso para realçar a sua natureza divina. Aliás, o hábito de coroar os atletas olímpicos com louros teve origem nesse mesmo conceito.



Embora a sua anterior associação ao paganismo fizesse das auréolas um símbolo pouco atraente para os primeiros cristãos, no século IV Cristo era muitas vezes representado com uma. E no século VI, a auréola tornou-se um adorno comum nas imagens dos santos e da Virgem Maria. Embora circulares, nas imagens da Mãe do Menino Jesus as auréolas eram em geral ornamentadas e delicadas.



Durante a Idade Média, os cristãos criaram uma série de significados para o uso das auréolas. As auréolas quadradas eram distribuídas apenas às pessoas vivas - geralmente para homenagear os que tivessem contribuído com muito dinheiro para as construções de mosteiros, pinturas ou vitrais. O Papa Pascoal I (775-824), foi um dos que ganharam uma auréola quadrada: membro de uma família muito rica e poderosa, ele construiu várias igrejas em Roma - incluindo três basílicas. Por suas realizações, foi canonizado no final do século XVI.


A Santíssima Trindade, Jesus e Maria eram às vezes representados com uma luz emanando de todo o corpo - luz também conhecida por aura. Esta podia ser cercada por uma bordadura oval, a mandorla (do italiano, que significa amêndoa). Além disso, Jesus era muitas vezes representado com uma auréola contendo uma cruz ou letras gregas alfa e ômega.


Na Arte Bizantina, as auréolas redondas eram reservadas aos defuntos que haviam vivido como santos na Terra. Os que continuavam vivos, podiam quando muito ter direito a uma auréola quadrada.


Mas elas também não ornavam apenas santos, reis e imperadores: alguns animais como o carneiro e a fênix (que simbolizavam Jesus Cristo) eram frequentemente envolvidos por halo luminoso.



OUTROS TIPOS DE AURÉOLAS

CIRCULARES: eram atribuídas a todos os santos e ás vezes, com seu nome circunscrito; essa mesma configuração era atribuída aos anjos;

POLIGONAIS: eram atribuídas aos profetas, patriarcas do Antigo Testamento e para os pais do Menino Jesus, Maria e José;

TRIANGULAR: era atribuída à Deus, o Criador e ao Grande Arquiteto do Universo.


Entre os séculos VI e XII, muitos artistas pintavam as auréolas como círculos cintilantes de luz transparente. No século XIV, representavam-nas em geral como discos cheios (habitualmente dourados), às vezes com o nome ou iniciais do santo. Os pintores do século XV, esforçando-se em dar mais realismo à sua arte, deram menos importância ao uso da auréola; Ticiano e Miguel Ângelo, por exemplo, dois dos maiores artistas da Renascença, abandonaram de todo o seu uso.


Embora sejam comumente percebidas envolvendo as imagens dos anjos e dos santos católicos, as auréolas são comuns no Budismo Tibetano, Hinduísmo, Zoroastrismo, Sufismo - e também a cabeça de Sara Kali, a santa cigana. Tente reparar esses detalhes a partir de agora. As auréolas também podem ser vistas envolvendo o Chacra Coronário dos Divinos Mestres Ascensionados, da Grande Falange Branca Universal.

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