Também chamadas de nimbos ou esplendor, as auréolas não são apenas uma luz que cinge a cabeça dos santos e dos anjos. Elas são muito mais do que isso.
Habitualmente representadas nas pinturas e nas esculturas sacras, as auréolas são reconhecidas por uma circunferência, ou um disco luminoso que irradia luz.
Os gregos representavam com auréola algumas das suas divindades, especialmente Hélios, o deus-sol. E adotando esse costume grego, de que o Sol era a personificação do Poder e Glória, os imperadores romanos passaram a ser retratados, com uma coroa de louros semelhante a uma auréola - tudo isso para realçar a sua natureza divina. Aliás, o hábito de coroar os atletas olímpicos com louros teve origem nesse mesmo conceito.
A Santíssima Trindade, Jesus e Maria eram às vezes representados com uma luz emanando de todo o corpo - luz também conhecida por aura. Esta podia ser cercada por uma bordadura oval, a mandorla (do italiano, que significa amêndoa). Além disso, Jesus era muitas vezes representado com uma auréola contendo uma cruz ou letras gregas alfa e ômega.
Na Arte Bizantina, as auréolas redondas eram reservadas aos defuntos que haviam vivido como santos na Terra. Os que continuavam vivos, podiam quando muito ter direito a uma auréola quadrada.
Mas elas também não ornavam apenas santos, reis e imperadores: alguns animais como o carneiro e a fênix (que simbolizavam Jesus Cristo) eram frequentemente envolvidos por halo luminoso.
OUTROS TIPOS DE AURÉOLAS
CIRCULARES: eram atribuídas a todos os santos e ás vezes, com seu nome circunscrito; essa mesma configuração era atribuída aos anjos;
POLIGONAIS: eram atribuídas aos profetas, patriarcas do Antigo Testamento e para os pais do Menino Jesus, Maria e José;
TRIANGULAR: era atribuída à Deus, o Criador e ao Grande Arquiteto do Universo.
Entre os séculos VI e XII, muitos artistas pintavam as auréolas como círculos cintilantes de luz transparente. No século XIV, representavam-nas em geral como discos cheios (habitualmente dourados), às vezes com o nome ou iniciais do santo. Os pintores do século XV, esforçando-se em dar mais realismo à sua arte, deram menos importância ao uso da auréola; Ticiano e Miguel Ângelo, por exemplo, dois dos maiores artistas da Renascença, abandonaram de todo o seu uso.
Embora sejam comumente percebidas envolvendo as imagens dos anjos e dos santos católicos, as auréolas são comuns no Budismo Tibetano, Hinduísmo, Zoroastrismo, Sufismo - e também a cabeça de Sara Kali, a santa cigana. Tente reparar esses detalhes a partir de agora. As auréolas também podem ser vistas envolvendo o Chacra Coronário dos Divinos Mestres Ascensionados, da Grande Falange Branca Universal.
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