O Horóscopo das Árvores


Descubra qual o seu destino por meio da união entre a natureza e a sabedoria dos sacerdotes druidas



Além de cultuar, os celtas acreditavam que as árvores tinham o poder de controlar as Quatro Estações do ano e para saudá-las, eram realizadas festas sazonais como o Beltaine, o festival da primavera; o Lugnasad; o Oimelc; e Samhain, a festa de ano-novo.




Tamanho era o respeito pela natureza que, para cortar um galho de uma árvore, era necessário pedir perdão à ela. Para os celtas, as florestas eram pontes entre os deuses e os homens. Elas simbolizavam a relação entre a Criação e a Criatura, pois assim como as raízes se fincavam na terra, os galhos subiam para o céu. 


As árvores ensinavam que o Homem precisava manter suas raízes fortes e que ele precisava retirar da terra seu sustento - ao mesmo tempo que deveria buscar a sua liberdade. Essa verticalidade representava o caminho mágico por onde transitavam os espíritos. 


Os celtas procuravam fazer dos bosques um templo a céu aberto. Por isso, adotaram um calendário lunar baseado nos períodos do ano em que as árvores floresciam ou davam frutos.  Eis um dos aspectos mais fortes dessa cultura: manter o contato com as folhas, com a terra, com as pedras e, principalmente, com a Natureza, a Grande Mãe.



Um dos costumes que ficou (com perdão do trocadilho) enraizado em nossa cultura, foi o de bater na madeira para espantar a má sorte. Os celtas acreditavam que cada árvore possuía um guardião. Ao bater com as mãos no tronco de uma árvore, o indivíduo despertava o espírito protetor que o ajudaria a afastar de todos os perigos do mundo e orientá-lo pelos caminhos da vida.


Os líderes religiosos dos celtas eram chamados druidas - sacerdotes com vários poderes paranormais entre os quais a capacidade de prever o futuro. 

Adeptos das artes mágicas, os druidas usavam muitos encantamentos e feitiços para apaziguar os deuses, controlar os elementais da natureza e promover fertilidade. 


Eles conheciam bem astrologia, medicina e psicologia. Acreditavam na indestrutibilidade da matéria, na imortalidade da alma e na metempsicose (reencarnação). Os celtas acreditavam que um mesmo espírito, após a morte do antigo corpo em que habitava, retornava à existência material, animando sucessivamente a estrutura física de vegetais, animais ou seres humanos. Esse conceito sobre a vida após a morte parece ter sido a base da veneração e respeito pela Natureza como um corpo vivo e atuante.

 



Eles imaginavam três círculos da vida: o mais interno, onde todas as coisas tinham sua origem (abred); o círculo do meio, ou da "bênção consumada" (gwenved); e o terceiro círculo, o externo, onde todo o espaço é preenchido exclusivamente por Deus (keugant). 


Os druidas acreditavam em cinco elementos: os corpos sólidos e a terra, água, ar, calor e luz. Havia ainda o espírito ou emanação divina, cuja união os outros elementos produzia toda a vida.


A CRUZ E O CARVALHO - MEDITANDO COM A FLORESTA

O Carvalho é a árvore dos druidas. Considerada sagrada, suas folhas e frutos aparecem representados na cruz druídica. 

Em relação à terra e às florestas célticas, é o elemento estável que transmite a maior força magnética. Devido a sua grande resistência, o milenar carvalho representa a fortaleza e é conhecido como o “senhor das florestas”. 

O país que possui a maior quantidade de carvalhos é a Alemanha. O Quercus rubor L., nome científico da variedade europeia do carvalho pode viver de 500 a 2.000 anos. Na Turquia, na América do Norte e até no Brasil algumas variedades podem adaptar-se com facilidade. O fruto do carvalho, a bolota, é um alimento muito apreciado pelos esquilos. Durante a Grande Guerra, os alemães o torravam para usar como café. A folha tem aroma adocicado.


O carvalho sagrado, que representa a sabedoria dos druidas, em seu habitat natural serve de sustento a um semi-parasita: o visco (ou Viscum album) uma planta pré-histórica. No inverno do hemisfério norte, as folhas do carvalho caem mas as do visco permanecem verdes, damos a certeza de que a Natureza, apesar de parecer morta, está viva. Também no inverno seu fruto torna-se branco (símbolo da pureza) a cor sagrada dos druidas.



As representações da folha e do fruto do carvalho e do visco sagrado encontram-se na cruz druídica.


A cruz representa, para o druida, o movimento, a força construtiva e o poder.


Ela aparece em diferentes formas sobre qualquer um dos monumentos megalíticos, como assinatura daqueles que os construíram. O carvalho, a cruz junto com as 81 tríadas, compõem a base da filosofia iniciática dos druidas.


As tríadas são a base do ensinamento druídico e não variam há mais de 4300 anos, mas a ordem em que são apresentadas foi modificada diversas vezes. Atualmente apresenta uma classificação sistemática em nove grupos de nove, alterações efetuadas pelos druidas Philéas Lebesque e Paul Bouchet. Apreensão de sua totalidade é o objetivo de todo iniciado.


O ALFABETO SAGRADO DA FLORESTA


Fundamentado nas estações do ano em que as árvores sagradas tinham um poder alinhado com os períodos do nascimento de um homem, os druidas criaram um “horóscopo”. Baseado no Ogham, denominado "alfabeto celta das árvores", eles distribuíram uma letra a cada uma das árvores consideradas sagradas. Esse alfabeto, gravado em pedras, objetos de prata e bronze, e depois em bastões de madeira (como na foto), era usado pelos sacerdotes como uma escrita sagrada apenas em ocasiões especiais. 

No Ogham cada letra tinha um significado. A letra A (ailm), por exemplo, correspondia ao Abeto, uma espécie de árvore, e revelava cuidado nas escolhas e responsabilidades. A letra S (saille), representada pelo Salgueiro simbolizava a intuição e o mundo dos sentimentos.


O horóscopo que apresento nesse artigo é uma adaptação comparativa e simbólica entre as espécies sagradas do hemisfério norte com as espécies nativas do Brasil. O respeito aos espíritos das árvores faz parte tanto da cultura das tribos indígenas da Amazônia quanto dos nativos das tribos norte-americanas, que costumam chamar as árvores de "Povo em Pé". Mais um motivo para preservar as árvores, que são eternos símbolos da vida e da generosidade.


Assim como os signos astrológicos, as árvores representam as características da personalidade do homem. Por isso, você poderá perceber que um tipo de árvore pode estar presente em mais de um período do ano devido ao seu desenvolvimento e floração. Trata-se de uma metáfora mágica e misteriosa.



Por último, é imprescindível lembrar que o horóscopo celta não intencionava apenas ler o destino dos homens, e sim, reconectá-los à natureza divina.



CONSULTE ABAIXO O PERÍODO QUE CORRESPONDE A DATA DO SEU NASCIMENTO

21 de março, equinócio de outono 
 
21 de junho, solstício de inverno
 
23 de setembro, equinócio de primavera
 
21 de dezembro, solstício de verão
 
22 de dezembro a 1º de janeiro
 
2 de janeiro a 11 de janeiro
 
12 de janeiro a 24 de janeiro
 
25 de janeiro a 3 de fevereiro
 
4 de fevereiro a 8 de fevereiro
 
9 de fevereiro a 18 de fevereiro
 
19 de fevereiro a 28 de fevereiro
 
1º de março a 10 de março
 
11 de março a 20 de março
 
22 de março a 31 de março
 
1º de abril a 10 de abril
 
11 de abril a 20 de abril
 
21 de abril a 30 de abril
 
1º de maio a 14 de maio

15 de maio a 24 de maio
 
25 de maio a 3 de junho
 
4 de junho a 13 de junho
 
14 de junho a 20 de junho
 
22 de junho a 4 de julho

5 de julho a 14 de julho
 
15 de julho a 25 de julho
 
26 de julho a 8 de agosto
 
9 de agosto a 23 de agosto
 
24 de agosto a 2 de setembro
 
3 de setembro a 12 de setembro
 
13 de setembro a 22 de setembro
 
24 de setembro a 3 de outubro
 
4 de outubro a 13 de outubro
 
14 de outubro a 22 de outubro
 
24 de outubro a 2 de novembro
 
3 de novembro a 21 de novembro
 
22 de novembro a 1º de dezembro
 
2 de dezembro a 11 de dezembro
 
12 de dezembro a 20 de dezembro


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