De onde surgiu o hábito de perfurar as orelhas?
Hoje em dia é comum colocar um piercing em qualquer parte do corpo, mas para os antigos povos transpassar o corpo com um ornamento era considerado um privilégio. Para os antigos egípcios e nobres romanos, a utilização de argolas nas orelhas era associado à riqueza - e em alguns casos, entre os romanos, luxúria. Entre os soldados e centuriões, entretanto, perfurar os mamilos com uma argola de prata era um distintivo de honra, força e virilidade que demonstrava dedicação ao Império.
No oriente, os monges ou iogues que faziam votos de castidade furavam uma das orelhas e colocava um ornamento - pelo qual eram reconhecidos e respeitados. E todos acreditavam que os ornamentos serviriam de proteção contra doenças e negatividades.
Provavelmente o hábito de furar as orelhas do bebê do sexo feminino tenha surgido de alguma dessas antigas tradições. Mas com o aumento da discussão sobre gêneros e o impacto negativo sobre os estereótipos sociais, hoje em dia - principalmente no Brasil - esse hábito passou a ser questionado por alguns psicólogos. Certamente se trata de um questionamento complexo e polêmico.
Teoricamente, em qualquer ponto da orelha podemos furar e ornamentar - desde que obedecidos conceitos básicos de higiene -, pois trata-se de um tecido cartilaginoso revestido de pele facilmente cicatrizável.

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