Segundo a Numerologia, cada ano possui uma vibração que indica como reagimos às adversidades e aos desafios coletivos. É o que os numerólogos chamam de Vibração do Ano Universal. Se somarmos 2023 (2+0+2+3) o resultado é 7.
Mas antes de prosseguir, alerto que esse texto precisa ser lido com bastante atenção, pois tenho o costume de escrever utilizando metáforas e analogias. Trata-se de uma maneira de obrigar o leitor a trabalhar a intuição.
Isso aconteceu nos últimos anos: submarinos (2017); paredes rachadas (2018); túneis e âncoras (2019); cadeiras flutuantes (2020) e gangorras (2021) serviram de base para minhas previsões. Em 2022, fiz uma analogia sobre um copo quebrado para falar dos conflitos e das irresponsabilidades dos que escondem os cacos para debaixo do tapete. Se você não está lembrado clique nesse link e releia, pois ela tem muito a ver com as do próximo ano. Apesar de parecerem complexas, todas as previsões requerem apenas malícia – principalmente dos que estão acostumados a interpretar cartas, pedras ou qualquer outro meio de adivinhação. E o texto abaixo será um excelente exercício de percepção.
COMO SERÁ O ANO UNIVERSAL SETE? ENTENDA.
Existe uma canção de Renato Russo chamada “Boomerang Blues” cujos versos dizem o seguinte:
“Tudo o que você faz
Um dia volta pra você
E se você fizer o mal
Com o mal mais tarde você vai ter de viver” (...)
Os aborígenes na Austrália
Com o boomerang vão caçar
O boomerang vai e volta
E só fica quando consegue acertar” (...)
Como um boomerang tudo vai voltar
E a ferida que você me fez é em você que vai sangrar”.
Poeticamente os bumerangues são ricos em significados. É comum ouvir dizer que eles representam o movimento de ação e reação; a lei da causa e efeito ou simplesmente falando, o “bateu-levou”. Talvez, por isso, a psicologia motivacional procurou correlacioná-los a sentimentos, atitudes e às escolhas.
Por definição, os bumerangues não voam em linha reta: são sustentados pela própria força de impulsão e construídos anatomicamente para suportar todo tipo de pressão a que forem testados. Os bumerangues são armas de arremesso, que dependendo da postura corporal e da força de quem joga, sempre retornam ao mesmo lugar.
Mas, independente de analogias, no pensamento estóico tudo o acontece de bom ou mau ao homem é resultado de alguma ação - seja ela feita no presente ou no passado.
Epiteto, a maior referência do estoicismo, dizia que às vezes as angústias são causadas não pelos “bumerangues que arremessamos", mas pelas opiniões que ouvimos sobre eles. Sofremos, dizia, por viver uma realidade que não nos pertence e nos angustiamos por pensar ou falar as palavras dos outros.
Como possuíam uma visão racional sobre as paixões, os estóicos costumavam dividi-las em três: as boas paixões, as más e as indiferentes. As boas paixões, segundo eles, alimentavam as virtudes; as más, alimentavam os vícios; e as indiferentes - que, por não serem boas nem más - deveriam ser ignoradas. Porém, as que mereciam maior atenção eram as más paixões, pois com elas aprenderíamos bastante.
Por se manterem sóbrios, por muito tempo os estóicos alimentaram a imagem de frieza e distanciamento da realidade, mas na verdade essa distinção sobre as paixões inspiraria discursos de resiliência e resignação como as propostas pelo teólogo americano Reinhold Niebuhr na famosa oração. Embora o estoicismo fosse uma filosofia conhecida dos antigos, ter serenidade, coragem e sabedoria para desviar dos "bumerangues'' tornou-se uma receita eficaz de sobrevivência para o homem do século XXI.
Acredito que esteja se perguntando: por que comparar o número sete a um bumerangue? Bem, a princípio pela semelhança estética; segundo, porque o 7 tem uma disposição estóica. Sim, o 7 é um número que age nos planos mais profundos da psique. É misterioso, distante e indefinível. Apesar de parecer frio e alheio a tudo o que acontece à sua volta, o 7 sofre por reconhecer que qualquer tipo de conflito não leva a lugar nenhum e advogar a aceitação dos mesmos diante do caos também não.
Portanto, o Ano Universal 7 exigirá autocontrole para aprender a lidar com situações de desequilíbrio, violência, rancor, fanatismo, angústia e solidão. Será um ciclo que perceberemos que nem tudo está sob nosso controle. E o que pensamos ou fazemos (más paixões) podem retornar inesperadamente mesmo depois de esquecidas.
O ano de 2023 favorece o aperfeiçoamento interior, a reflexão e o autocontrole. É um período para analisarmos ações e promover ajustes, se necessário. Em 2023 devemos nos afastar do turbilhão e usar as experiências do passado para planejar o futuro - consequentemente, liberta-se do que não nos serve mais para o crescimento pessoal.
Acredite: bumerangues invisíveis existem! Mas, ainda bem que muitos deles são criados por nós mesmos. Para se esquivar será preciso:
1) Agir com atenção e firmeza;
2) Se concentrar nas coisas que você pode controlar e descartar as que não;
3) Evidenciar o que faz bem; afastar o que perturba; e não se envolver com o que desagrada espiritualmente;
4) Estabelecer objetivos e procurar manter-se consciente dos problemas que criou - não esquecendo, claro, que os Nove Ciclos Numerológicos se encerrarão somente em 2025.
Por fim, devemos lembrar dos versos de Renato Russo: “É errando que se aprende (...) Eu tenho cicatrizes, mas não me importo não”.
SIGNIFICADO RESUMIDO DO ANO UNIVERSAL 7
ASPECTOS POSITIVOS:
Silêncio
Sensatez
Introspecção
ASPECTOS NEGATIVOS:
Alienação e fanatismo
Anarquia
Sarcasmo
Negligência
Frieza
Depressão
Nervosismo
Desinteresse
Incredibilidade
Fracasso
Mais do que saber que o número 7 rege o ano de 2023, você precisa descobrir qual o significado seu Ano Pessoal. Consulte agora clicando aqui.
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