O que é Meditar? O que é Meditação?


Meditar é não pensar nada. Ou como afirmam os especialistas, meditar é não-fazer. Essa resposta parece simples, mas não pensar em nada não é tão simples assim. Principalmente para nós ocidentais, que fomos acostumados com a ideia de que, para resolver os problemas é preciso pensar bastante neles.


Mas na meditação oriental, a ideia é exatamente o contrário: o objetivo é parar momentaneamente de pensar nos problemas - por mais estranho que isso pareça.

Eu, confesso, demorei a perceber isso. Sempre tive dificuldades para fechar os olhos, imaginar um ponto no espaço durante uma hora. Entretanto, conseguia meditar muito bem quando ficava livre para pensar no que eu quisesse e durante o tempo necessário que eu necessitava para relaxar.


Meditar é tudo o que podemos fazer no presente. Podemos meditar, por exemplo, olhando as gotas de chuvas nas folhas de uma árvore, observando a queima de uma vela, contemplando as formações de uma nuvem ou o rodamoinho do vento: meditar é uma pausa que fazemos e na qual nos observamos.

Isso faz lembrar a anedota de um homem que, sentado ao ar livre, meditava de olhos fechados. Foi quando um sábio que passava perguntou, espantado, por que ele meditava daquele jeito: "O dia está lindo e o sol está brilhando", disse o sábio, "Abra os olhos, rapaz! Veja Deus expresso na beleza da paisagem à sua volta!".


Meditar é, sobretudo, manter o equilíbrio dos sentidos. Deveríamos ser capazes de sentar ao sol, sentir o seu calor, aspirar a fragrância das flores ou de um incenso, ouvir a natureza e ao mesmo tempo saber a diferença entre o sujeito do conhecimento e o objeto conhecido. Esse é o segredo filosófico que responde a pergunta que intitula esse artigo.

 

A MEDITAÇÃO COMO HOJE CONHECEMOS
Em 1967, um encontro dos Beatles com o guru Maharish MaheshYogi iniciou a expansão da meditação transcendental no Ocidente e florescimento de uma infinidade de gurus e técnicas meditativas que, desde então, atraem adeptos em toda parte. No começo da década de 1990, o neurocientista americano Richard J. Davidson começou a estudar as diferenças cerebrais dos monges budistas e pessoas que não meditavam. O resultado derrubou o mito de que a meditação e seus benefícios não eram exclusivos para que se isolava numa caverna no Tibete - ou para quem se intitulasse zen.

 

O CAMINHO DA PAZ MENTAL
A meditação não deve ser um processo estático, já que se trata de um processo de interiorização, ao mesmo tempo em que o indivíduo aprende a ter domínio de si mesmo. As meditações abrem as relações para tudo que tem valor. Elas ampliam a visão do belo e do verdadeiro, e a sensação de pertencer a uma Unidade. Meditar é um despertar contínuo, que engloba cada momento da vida cotidiana. Podemos fazê-la de várias maneiras enquanto executamos as tarefas diárias. A única coisa que deve ser mantida à risca é a atenção.

 

PODEMOS MEDITAR SENTADOS

No chão ou em uma cadeira, mantenha a coluna ereta e concentre-se nos movimentos da respiração, observando a entrada e a saída do ar pelas narinas. Se preferir, concentre-se num mantra, que pode ser qualquer palavra, uma frase ou apenas um murmúrio. Repita seu mantra a cada respiração. Fechar os olhos pode ajudar. Se ficar de olhos abertos, concentre-se o olhar em um ponto.
 


PODEMOS MEDITAR EM PÉ

Posicione-se junto a uma fileira de árvores e tente se sentir como uma delas. Concentre-se na respiração e imagine seus pés desenvolvendo raízes no chão.

 




PODEMOS MEDITAR CAMINHANDO

É uma boa saída para quem, por algum motivo, não consegue ficar imóvel. O segredo é focar as pisadas, vendo-as como um todo ou como segmentos do movimento, que pode ser lento ou acelerado. Melhor caminhar em círculo, sem a expectativa de um ponto de chegada.
 

PODEMOS MEDITAR ATRAVÉS DE VISUALIZAÇÕES

Crie uma imagem significativa para você - pode ser um símbolo religioso, uma paisagem - e concentre-se nela.
Os principais benefícios da meditação são a tranquilidade, a superação de problemas mentais, a organização dos pensamentos e criatividade. Os especialistas dizem que a dispersão é da natureza da mente, e o desafio, acessível a quem estiver disposto a dedicar alguns minutos por dia, é trazê-la de volta ao presente.
 



Quem medita, conhece um estado de felicidade e plenitude que ajuda a reverter quadros de ansiedade e depressão. Não se trata de viver como um monge budista - ou ser uma pessoa zen o tempo inteiro. Isso, afirmam, é ilusão.


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2 Comentários:

  1. Anônimo4/6/22 20:39

    Valeu!!!
    Gratidão Prion.

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  2. Marcus Ferreira5/6/22 15:00

    sábias palavras!!! gostei muito do texto!

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