Questões de autenticidade: 3 perguntas que revelam a sua autoestima


Quando fazemos o que sentimos e sentimos o que pensamos o coração e a razão entram em sintonia. A isso chamamos autenticidade.


Esse tipo de fidelidade íntima é resultado do cultivo da autoestima. E um dos primeiros passos para ser bem-sucedido nessa tarefa é driblar o medo e mostrar ao mundo a nossas opiniões e atitudes. Muito desse receio está relacionado com o peso que damos ao que as pessoas pensam a nosso respeito.
 


O desafio é não supervalorizar nem subestimar a reação das pessoas que - muitas das vezes - estão só de passagem em nossa vida. Numa época de cancelamentos virtuais, onde uma opinião esbarra com vários conceitos e desejos, ser autêntico é saber o que queremos e o que é melhor para nós - tendo claro, plena consciência de nossa força e limitação. Se estamos em sintonia com os nossos desejos e possibilidades podemos decidir se queremos pagar o preço de expressar uma opinião ou bancar uma decisão sem ter reações contrárias. Você concorda?


O que é cancelamento?
Cancelamento é um fenômeno nascido na internet que transforma a rede em um tribunal implacável, que não oferece direito à defesa e ao espaço para o contraditório. Está mais relacionado à intolerância do que a capacidade de lidar com visões plurais e discordantes.



POR QUE É TÃO DIFÍCIL SERMOS AUTÊNTICOS?


Diferentemente do que se imagina, espontaneidade nada tem a ver com modelos preestabelecidos ou estereótipos que ditam a forma certa é errada de agir. Atitudes do tipo "eu sou mais eu custe o que custar" tem muito mais a ver com imaturidade e rebeldia do que autenticidade. E é exatamente isso que nos defrontamos hoje nas redes sociais. O erro é confundir o propósito de se comunicar e acreditar que está sendo entendido por uma sociedade cada vez mais caótica.



O segundo mandamento da pessoa fiel a seus valores, princípios e sentimentos é olhar para os outros. Ela não tem medo de se transformar e de agregar o que o mundo a sua volta oferece. Se olhamos apenas para nós mesmos a tendência é ficar rigidamente preso a padrões que provoca isolamento e dificuldade nas relações. O roteiro de como ser fiel a si mesmo só você pode escrever, assim como só pode assumir responsabilidade pelas coisas que acontecem em sua vida. Gostar de reconhecimento externo é bom e faz bem. Mas é importante estar atento para não enveredar pela situação contrária: ficar imobilizado à espera de aplausos ou se sentir vítima culpando os outros quando as coisas não dão certo. Pessoas autênticas têm um reservatório suficiente de autoestima que as alimenta impulsiona e permite que banco e os próprios erros e acertos.


Quando seguimos os caminhos do coração, as relações ficam mais francas


QUESTÕES DE AUTENTICIDADE


Três perguntas poderão revelar muito sobre sua autoestima. Elas são verdadeiros termômetros sobre a nossa autenticidade.


1 - VOCÊ SABE RECEBER UM ELOGIO?

Todos nós precisamos do olhar e do reconhecimento externos para construir nossa identidade. Eles reforçam nossa autoestima e um afago no ego sempre é bom. Mas encontrar o meio termo não desafio e nem todo mundo linda bem com a situação. Uns tremem só de ouvir um elogio. Se sentem observados, intimidados e logo arrumam uma maneira de neutralizar o agrado.


Quem nunca passou pela experiência de, ao ter a roupa elogiada, se apressar e dizer que "foi baratinha" e a "eu nem lebrava mais que estava no fundo do armário"?

Às vezes não aguentamos a ideia de que podemos dar certo. Isso pode estar relacionado à falta de espaço na família, o que influi negativamente na auto-imagem, e começamos a achar que tudo que estiver ótimo conosco, vamos provocar inveja ou ser destruídos. No fundo, isso cria defesas desnecessárias e causa ressentimento e muita dor.

MELHOR SAÍDA

A atitude mais saudável diante de um elogio sorrir e agradecer. O caminho para poder aceitar o olhar do outro dessa maneira é acreditar que, com empenho, essa crença negativa pode ser substituída pelo pensamento: "Sim, eu mereço dar certo!"

SEM EXAGEROS

Depender muito de reconhecimento externo também sinaliza desequilíbrio. É o caso dos pavões, que só se sentem bem quando são aplaudidos bandidos e acreditam que todos têm a obrigação de reconhecer seu brilho. Comportamentos desse tipo causam dor e solidão porque temos pouco contato interno e o externo nunca basta para nos nutrir. A melhor saída é perceber que existe o mundo interior muito rico que pode também nos alimentar, para que nossa satisfação não esteja sempre na mão de outras pessoas.


2 - VOCÊ SE PREOCUPA MUITO COM O QUE OS OUTROS DIZEM?


Quem não tem pelo menos um amigo ou parente que faz tudo para contentar com os outros e sofre terrivelmente com a ideia de não estar agradando? Pois é, quando entramos nesse tipo de situação somos capazes de delegar aos outros a responsabilidade por nossa vida nossas alegrias e nossos êxitos. Achamos que não somos competentes para pensar e decidir por nós mesmos e transferimos essa tarefa para terceiros estão sob constante influência externa.

MELHOR SAÍDA

A melhor saída é buscar um caminho de equilíbrio e criar situações que permitam ousar, arriscar e experimentar sua própria potência.

SEM EXAGEROS

O reverso da medalha são as pessoas que se revestem de uma aura de auto-suficiência e que aparentam não está nem aí para que os outros pensam. Essas devem treinar um oposto: permitir que os outros penetram em seu mundo e se esforçar para aprofundar seus relacionamentos. Por trás dessa armadura alguém frágil que tem medo de se envolver e de se frustrar. É o tipo do comportamento que demonstra falta de reconhecimento natural na infância e o aprendizado agora é pedir ajuda quando precisar e se deixar ajudar.



3 - VOCÊ SABE DIZER NÃO?


Quem diz sempre sim tem dificuldade de colocar limites. As pessoas sempre cordatas e dispostas a satisfazer o desejo e as necessidades alheias - mesmo abrindo mão de suas vontades - escondem um desejo enorme de serem reconhecidas e amadas. Preferem frustrar a si mesmas do que ao outro. Geralmente elas se sentem como vítimas e ficam re sentidas o que fazem sacrifícios e abrem mão de tudo e nunca se sentem recompensadas.

MELHOR SAÍDA

O caminho para aprender a dizer não é olhar para dentro e identificar o que quer de verdade e agir de acordo. Mas para que isso dê certo deve-se primeiro admitir que é voraz, que precisa ser amado por todos. E aceitar que isso é impossível, irreal. Perceber esses nós já deixa o caminho muito mais fácil.

SEM EXAGEROS

No extremo oposto estão os que sempre dizem não. São os que se sentem explorados e vivem com raiva do mundo. Os que dizem sempre sim e os que dizem sempre não acreditam que o poder de decidir está fora deles. Sentem-se impotentes e vêm os outros como vampiros. A saída é identificar as amizades tóxicas e o que tem de bom dentro de você, sem medo de desagradar quem está à sua volta.

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2 Comentários:

  1. Nesses tempos de relações líquidas a autoestima está sofrendo...por isso o autoconhecimento é tão importante ser trabalhado. A partir do momento que sabemos de nosso valor, podemos ser autênticos sem receio de sermos julgados.

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