Fatos corriqueiros - como sonhar com a queda e voo, ou ter a sensação de déjà-vú, ou seja, de achar que se conhece um local onde se nunca esteve - podem ser indícios de uma experiência fora do corpo - ou como é conhecida a sigla, EFC. Esse fenômeno, conhecido também como projeção astral, desdobramento, viagem astral, projeção fora do corpo, experiência extracorpórea, etc, ocorre quando o corpo astral se desprende do corpo físico.
O corpo astral corresponde a uma réplica do corpo físico, feita de matéria menos densa. Conforme a corrente espiritualista, recebe os nomes de duplo, corpo etéreo, corpo ectoplasmático, corpo sutil e outros. Normalmente, coincide com o corpo físico. Mas em certas circunstâncias separa-se, permanecendo ligado a ele apenas por um fio elástico - o cordão de prata de que fala o Eclesiastes, capítulo 12: "Lembra-te de teu Criador nos dias de tua mocidade, antes que venha o tempo da aflição (...) Antes que se rompa o cordão de prata (...)". Os espiritualistas interpretam essa passagem bíblica como uma descrição da morte enquanto rompimento do cordão de prata, da conexão entre os dois corpos.
Durante o sono e, também sob o efeito de anestésicos, em estados de transe, hipnose, desmaio ou debilidade, o corpo astral pode deixar de coincidir com o físico, permanecendo longas distâncias. Isso ocorre de forma espontânea e involuntária e, muitas vezes, sem que a pessoa tenha consciência do fato. Assim, passeando com seu corpo astral, ela conhece diversos locais e vive diferentes situações sem reter a lembrança de nada.
UM PASSO EM FALSO
Porém, se a consciência despertar por uma fração de segundo, algum registro da viagem ficará na memória. Isso explica certas situações, como a de uma pessoa em estado de consciência plena que vista um lugar "desconhecido" e experimenta a sensação de já tê-lo visto. O estudioso Sylvan J. Muldoon, no livro Projeção do corpo astral, afirma que durante o sono o corpo astral vivencia os sonhos. Mas isso nem sempre ocorre: o o corpo astral reage a alguns sonhos, permanecendo em coincidência com o corpo físico, sem ação. Sonhos de queda e de voo são sinais típicos de que houve desdobramentos. Nos primeiros, a sensação de mergulhar ou escorregar acontece no momento em que o duplo volta ao corpo físico, causando neste uma espécie de choque.
Em algumas circunstâncias, como a ocorrência de pancadas ou choques, o corpo astral pode ser projetado para o exterior. A separação, nesses casos, é instantânea e sentida apenas como um vácuo no estômago - o que ocorre, por exemplo, quando um automóvel para abruptamente, lançando os passageiros para a frente. A sensação deve-se a um rápido deslocamento do corpo astral. O corpo astral paira sobre o corpo físico no início de uma EFC, abaixo, à direta. O fio que os liga - o Cordão de Prata - torna possível retorno ao estado normal.
Muldoon relata uma vivência de EFC causada por um passo em falso: "Uma noite, (...) eu descia a escada de minha casa. Tinha dormido e ainda estava sonolento. (...) Não sei por que, quando desci o último degrau, tentei descer mais um - como muitas pessoas fazem - e o impulso abalou-me muito.
Tive uma forte sensação de súbita perda de fôlego e, antes que meu corpo físico caísse no chão, fui projetado fora dele, e fiquei perfeitamente consciente. (...) Vi o corpo físico cair no chão e senti a queda, enquanto me achava de pé, a alguns passos".
Esse estudo sobre as experiências fora do corpo é tão instigante, que eu continuarei abordando sobre ele nos artigos futuros. Certamente, eu não fui o único a experimentar essa estranha sensação.
E você? Já teve alguma experiência semelhante?
interessantíssimo
ResponderExcluirjá senti essa sensação em algum momento
ResponderExcluirSeria muito interessante se você descrevesse e dividisse essa experiência conosco. Que tal?
ExcluirMuito interessante esse tema. Tive algumas experiências fora do corpo, tenho elas relatada no blog www.multidimensao.wordpress.com
ResponderExcluirObrigado pelo comentário, Fábio. Acabei de visitar o seu blog. Muito bom!
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