O que você faria se acordasse e percebesse que estava vivendo novamente o dia anterior, com igual seqüência de acontecimentos, dizendo e ouvindo as mesmas frases e se encontrando com as mesmas pessoas?
É exatamente isso que ocorrerá com o arrogante Phill, um jornalista interpretado por Bill Murray, que incapaz de ser simpático com as pessoas que estão ao ser redor. O filme é uma adaptação do livro "Um Dia na Vida de Ivan Isokin", de P. D. Ouspensky (1878-1947). Seguidor do mestre espiritual greco-armênio Georges Ivanovich Gurdjieff, Ouspensky defendia a teoria da eterna recorrência, ou seja: todos nós vivemos a mesma repetição dos fatos da vida até mudarmos de atitude e de nível de compreensão.
MINHA OPINIÃO?
O filme é uma das comédias mais inteligentes exibidas no cinema. Para se ter uma ideia de sua importância cultural, ele é um dos 625 filmes que compõem o reservado acervo da Biblioteca do Congresso americano. Toda a equipe que produziu esse filme são adeptos dos grupos gurdfjieffianos da Europa e Estados Unidos. Em 2017, o filme de suspense chamado "A morte te dá parabéns" seguiu o mesmo caminho e criou uma série cinematográfica bastante inteligente sobre o tempo.
Basta esclarecer que as teorias do mestre espiritual Gurdjieff são todas fundamentada nas atitudes humanas. Para ele, o homem só poderia alcançar a felicidade (ou a plenitude espiritual) se desenvolvesse a capacidade de reavaliar o conhecimento de si mesmo ao longo da vida. E isso, só seria possível, se observasse criticamente suas palavras e os seus próprios atos.
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