Garimpo de gurus


Li há algum tempo esse texto de autoria do jornalista Luís Pellegrini e achei pertinente postá-lo aqui. O leitor deve ter reparado que me acostumei dizer que sou adepto da religião chamada Honestidade. Pode até parecer uma piada, mas não é. Quem me conhece sabe que sou muito reticente quanto ao comportamento de alguns "médiuns": sou do tipo que exige posturas e ações adequadas para o exercício do sacerdócio. Neste caso, se a honestidade fosse um dos requisitos para seguir uma determinada religião eu seria um dos primeiros adeptos. Nunca gostei de iludir e nem ser iludido por ninguém; sempre fugi daqueles que se diziam detentores do Conhecimento, principalmente quando os via envolvidos em questões mesquinhas e rasteiras - como a vaidade. Graças ao Grande Arquiteto do Universo sempre fui capaz de questionar aquela antiga máxima "faça-o-que-eu-mando-mas-não-faça-o-que-eu-faço". Acho que, por isso, desde cedo, atribuí critérios para trabalhar individualmente a minha Fé.



Na introdução do livro de Joyce Collin-Smith afirma que o século 20 produziu mais gurus, sábios e mestres do que os cinco séculos anteriores reunidos. A crise do mundo moderno, provocada pela saturação da mentalidade materialista, criou - mecanismo de compensação - uma grande fome espiritual. Aumentou a demanda por caminhos espirituais, aumentou a oferta de opções espirituais e de “especialistas” em cada uma delas. Como resultado, existe hoje um “mestre espiritual” em cada esquina. A expressão mestre espiritual é utilizada para se designar alguém que alcançou certo grau de perfeição evolutiva ou um grande domínio das leis e princípios que regem tanto o mundo material quanto o espiritual.



Mas é importante ressaltar desde já que ser mestre não significa ser perfeito. Pelo simples fato de habitarem um corpo material e serem inevitavelmente influenciados pelos limites desse corpo e desse mundo, os mestres encarnados são seres limitados e não podem ser perfeitos. Mestres verdadeiros são poucos. Quase todos são charlatães. Destes existem dois tipos: os conscientes e os inconscientes. Os primeiros são menos perigosos: o que querem é obter algum tipo de gratificação pessoal, ou dinheiro e bens ditados pela vaidade e narcisismo. O segundo tipo, os charlatães e inconscientes, podem ser extremamente perigosos. Essas são pessoas que acreditam, às vezes com total convicção, possuir poderes e qualidades especiais, estar em contato direto com outros planos dimensionais. Deves-se fugir dos gurus-charlatães como, diz-se, o diabo foge da cruz. Hermógenes revela que existe em nós em princípio inteligente infalível que os hindus chamavam de “viveka”, o discernimento. Discernimento é a habilidade de perceber aquilo que é falso.



Muita propaganda não garante a qualidade do professor. Seja extremamente cauteloso. Desconfie muito de propostas que envolvam desenvolvimento de poderes paranormais. Não se deixe seduzir por conversa fiada. Para a imensa maioria das pessoas, o progresso espiritual é lento e gradual, e pouco ou nada tem a ver com paranormalidade.

Desconfie de gurus que dizem: “Faça o que digo, não faça o que faço”. Ou então daqueles que afirmam: “A regra é para os discípulos, as exceções são para os mestres”. Um mestre verdadeiro deve ser coerente com aquilo que ensina. Deve dar exemplo e, se for obrigado a transigir com a regra que ensina, deve explicar por que o faz.



Mas é preciso lembrar sempre que gurus também são pessoas, e como tais sujeitos às falhas, necessidades, destemperos e desequilíbrios comuns em todo e qualquer ser humano.



Priom
MEU MESTRE INTERIOR
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